Fabaceae

Tachigali paratyensis (Vell.) H.C.Lima

LC

EOO:

648.641,561 Km2

AOO:

224,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), foi registrada nos estados de ALAGOAS (Mendonça s.n.), BAHIA (Santos 1584), ESPÍRITO SANTO (Vervolet e Bausen 1999), MINAS GERAIS (Vasco 113), PERNAMBUCO (Ribeiro et al. 1035), RIO DE JANEIRO (Lima e Mateus 5687) e SÃO PAULO (Gaspar 129). Segundo a Flora do Brasil 2020 a espécie também ocorre nos estados do Pará e Paraná e não ocorre nos estados de Alagoas e Bahia.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Marta Moraes
Revisor:
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore de até 37 m de altura, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), foi coletada na Floresta Ombrófila, e na Floresta Estacional Semidecidual, associadas à Mata Atlântica, nos estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Apresenta distribuição ampla EOO=546109 km², diversos registros em coleções biológicas, inclusive com coletas realizadas recentemente, e ocorrência confirmada em Unidades de Conservação de proteção integral. A espécie ocorre em múltiplas fitofisionomias, de forma ocasional e não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, embora sejam descritos usos potenciais ou efetivos, não existem dados que comprometam sua existência na natureza. Assim, Tachigali paratyensis foi categorizada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza.

Último avistamento: 2017
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Acta Bot. Bras. 9(1): 128. 1995. De acordo com especialista botânico a espécie: 1 - apresenta uso (madeira, frutos, paisagismo, etc). R.: Sim. Material para construção; caixotaria; paisagismo; reflorestamento.; 2 - ocorre em Unidades de Conservação. R.: Sim. PN Tijuca; Rebio Tinguá, Rebio Poço das Antas, Rebio União, PN Itatiaia, R.N. Vale, ...; 3 - apresenta registros recentes, entre 2010-2018. R.: Sim; 4 - é uma espécie com distribuição ampla. R.: Não. Ampla distribuição, mas exclusivo do bioma Mata Atlântica.; 5 - possui amplitude de habitat. R.: Não. ; 6 - possui especificidade de habitat. R.: Sim. ; 7 - apresenta dados quantitativos sobre o tamanho populacional. R.: Não; 8 - em relação a frequência dos indivíduos na população. R.: Ocasional; 9 - apresenta ameaças incidentes sobre suas populações. R.: ; (Haroldo C. Lima, com. pess. 19/11/2018).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Não
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Fenologia: perenifolia
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Estacional Semidecidual
Fitofisionomia: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila Densa
Habitats: 1 Forest
Clone: no
Rebrotar: no
Detalhes: Árvore de até 37 metros de altura (Nusbaumer 4777), que ocorre na Mata Atlântica (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018).
Referências:
  1. Fabaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB100910>. Acesso em: 17 Dez. 2018

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development habitat past,present national very high
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2003).
Referências:
  1. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Atlantic Forest Biodiversity Hotspot, Brazil. Ecosystem Profiles. https://www.cepf.net/sites/default/files/atlantic-forest-ecosystem-profile-2001-english.pdf (acesso em 31 de agosto 2018).
  2. Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J., Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biol. Conserv. 142, 1141–1153.
  3. Simões, L.L., Lino, C.F., 2003. Sutentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação: PARQUE NACIONAL DA TIJUCA (PI), RESERVA BIOLÓGICA DE TINGUÁ (PI), RESERVA BIOLÓGICA DE POÇO DAS ANTAS (PI), RESERVA BIOLÓFICA UNIÃO (PI), PARQUE NACIONAL DE ITATIAIA (PI),RESERVA NATURAL DA VALE DO RIO DOCE (PI), RESERVA BIOLÓGICA DE PEDRA TALHADA (PI), RESERVA BIOLÓGICA AUGUSTO RUSCHI (PI), PARQUE NACIONAL DA SERRA DO CIPÓ (PI), PARQUE ESTADUAL SERRA DO BRIGADEIRO (PI), PARQUE ESTADUAL DO RIO DOCE (PI), RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MATA DE BYTURI (US), MONUMENTO NATURAL MUNICIPAL DO PICO DO ITAGUARÉ (PI), PARQUE ESTADUAL DA PEDRA BRANCA (PI), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE MACAÉ DE CIMA (US), PARQUE ESTADUAL DA ILHA GRANDE (PI), PARQUE NACIONAL DA SERRA DOS ÓRGÃOS (PI), ESTAÇÃO ECOLÓGICA JURÉIA-ITATINS (PI).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.